O luto pela perda de um animal de estimação também é legítimo
- SIRLEI PEREIRA NUNES
- 30 de jun.
- 1 min de leitura

Na clínica psicanalítica, entendemos que o vínculo com um pet vai além do cuidado: é relação, presença, amor e projeções profundas do nosso mundo interno.
A morte de um cão ou gato pode evocar dores primitivas, abandono e perdas anteriores. Validar esse sofrimento é o primeiro passo para elaborá-lo.
O luto é um processo psíquico que nos ajuda a desprender, aos poucos, o investimento afetivo do objeto perdido.
Na perda de um pet, esse processo pode ser silencioso, solitário — e por isso mesmo tão difícil. A psicanálise oferece escuta, sem julgamento, para dar lugar ao indizível da perda.
Sinais de que o luto precisa de cuidado:
Isolamento social prolongado
Sentimento de culpa intenso
Incapacidade de pensar em outros vínculos
Tristeza constante ou somatizações
Esses sinais podem indicar que o luto se cristalizou. A escuta psicanalítica pode ajudar a abrir caminhos para a elaboração.
O pet pode representar segurança, estabilidade, acolhimento — ou até mesmo uma figura substitutiva de vínculos primitivos.
Na perda, essas representações entram em colapso, e é preciso tempo para reorganizá-las.
A clínica psicanalítica sustenta esse tempo interno, esse trabalho de luto.
Você não precisa viver esse luto sozinho(a)...
O sofrimento pela perda de um animal pode ser minimizado socialmente, mas isso não o torna menos real.
Na escuta clínica psicanalítica, há espaço para lágrimas, memórias, silêncios e tudo aquilo que você ainda sente e não consegue nomear.



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